O trabalho foi coordenado pelo médico veterinário Zalmir Cubas, da Divisão de Áreas Protegidas da binacional. “O zoológico é um grande parceiro do Refúgio Biológico e, havendo necessidade, para cuidados clínicos ou manejo, estaremos sempre à disposição”, antecipou.
Nesta quinta-feira (21), a partir das 9h, o público já poderá visitar a nova atração do zoológico. Protegido por grades, o recinto tem 109 metros quadrados e conta até com uma piscina para o felino se refrescar.
“Preparamos o espaço de forma didática para reproduzir o bioma em que vive a onça”, explicou o biólogo Sidnei de Oliveira, responsável pelo zoológico.
A médica veterinária Patrícia Cubas disse que Tonhão vai seguir no zoológico a mesma dieta que tinha no refúgio – cerca de 2,8 quilos de carne por dia. “Assim que passar a anestesia, vamos monitorar o comportamento do animal.”
Exposição
Para comemorar a chegada do Tonhão, uma exposição será aberta também nesta quinta-feira, na entrada do zoológico, a partir das 9 horas – incluindo a exibição da Princesa, a última onça-pintada fêmea do bosque, que está empalhada.
Segundo Oliveira, desde 1996 o zoológico já contou com um casal de onça-pintada e outro de onça-preta. Todos os animais morreram por causa da idade – o último exemplar, a onça-pintada chamada Cabeçote, faleceu em 2009.
O biólogo acrescentou que, como no Parque Nacional do Iguaçu, a onça-pintada também é o animal símbolo do bosque, escolhido por alunos das escolas municipais da cidade. “A importância da presença do animal é incrementar nossos programas de educação ambiental.”
Além de Tonhão, o zoológico mantém outros 285 animais, que vivem em uma área total de 4,5 hectares. Oliveira destacou que todos os animais pertencem à fauna regional. “Não temos animais exóticos”, afirmou Oliveira.
Histórico
Tonhão chegou a Foz do Iguaçu em agosto de 2007. Foi a segunda onça-pintada trazida para o Refúgio Biológico de Itaipu. O felino foi transferido do zoológico das Centrais Elétricas de São Paulo (Cesp), de Ilha Solteira.
Na época, o animal era considerado a principal esperança de procriação de Juma, a primeira onça do RBV. Mas o acasalamento não resultou em filhotes. Depois, o refúgio recebeu Valente (macho) e, mais recentemente, a fêmea Beyonça.
Há duas semanas, Tonhão foi submetido a um procedimento de retirada de sêmen. Todo o material genético foi congelado em nitrogênio, a -196 graus Celsius, e armazenado no banco de germoplasma da Itaipu, para projetos futuros de reprodução.
Fonte: Itaipu
Nenhum comentário:
Postar um comentário